Embora o consórcio seja atrativo pela ausência de juros, existem alguns pontos que devem ser levados em consideração ao optar pela modalidade. Entenda.
Adquirir um veículo é o sonho de muitos brasileiros. Contudo, a falta de condições para pagamento à vista faz com que muitos recorram a financiamentos – que cobram taxas de juros consideradas abusivas.
Então, uma alternativa interessante é o consórcio de veículos, uma modalidade de crédito que pode ajudar a realizar esse sonho sem a cobrança de juros, porém com algumas características específicas.
Entenda como funciona um consórcio de veículos
O consórcio de veículos é uma modalidade de crédito onde um grupo de pessoas se une para comprar um bem, como um carro ou uma moto. Funciona como uma poupança coletiva, onde todos os participantes contribuem mensalmente com uma parcela. Essa contribuição é administrada por uma instituição financeira, que faz a gestão dos recursos.
É verdade que o consórcio não cobra juros?
Sim!. Em vez disso, há uma taxa de administração, que pode chegar a 25%. Os participantes pagam as parcelas antes de receber o bem, e ao longo do período, são realizados sorteios mensais.
Quem for sorteado, recebe a carta de crédito para a compra do veículo. Outra forma de antecipar a aquisição é oferecendo lances, onde o maior valor leva a carta de crédito.
Existem diversas modalidades de consórcio além de veículos, como imóveis, serviços (viagens, cirurgias plásticas) e produtos (eletrodomésticos, cosméticos). Para cada tipo, há especificidades que devem ser consideradas na hora da contratação.
Contemplação, carta de crédito e lance: entenda os termos
Alguns termos são comuns no universo dos consórcios, como grupo de consórcio, contemplação, carta de crédito e lance. A contemplação ocorre quando o participante recebe o crédito para comprar o bem, seja por sorteio ou lance.
A carta de crédito é o documento financeiro entregue ao contemplado, permitindo a aquisição do produto. O lance é uma forma de adiantar a contemplação, oferecendo um pagamento adicional.
Simulação
Para exemplificar, considere um consórcio de R$ 50.000, sem entrada, com prazo de 80 meses e taxa de administração de 18%. O fundo de reserva é de 1%, resultando em uma parcela mensal de R$ 743,75. O valor total investido ao longo do período seria de R$ 59.500.
O que você precisa saber antes de optar pela modalidade
Embora não haja juros, a taxa de administração deve ser considerada, pois pode representar um acréscimo significativo ao valor final. Além disso, há uma taxa de fundo de reserva para emergências, como inadimplência de consorciados. Essas taxas são diluídas nas parcelas mensais.
Ou seja, entre as vantagens estão a ausência de juros e a possibilidade de definir o valor das parcelas e o prazo de pagamento. Além disso, não é necessário oferecer um valor de entrada.
No entanto, a contemplação pode demorar, e a taxa administrativa pode ser alta. Caso muitos consorciados estejam inadimplentes, o grupo pode ser prejudicado.
Como saber se uma empresa é confiável ao fazer um consórcio?
O Banco Central do Brasil possui um ranking com as empresas que oferecem esse tipo de serviço. Para acessar, basta entrar no site do órgão.