Como uma forma de conter a inflação, o Banco Central poderá aumentar as taxas de juros do mercado de crédito brasileiro. Entenda.
A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, usada como referência para diversas operações financeiras, como empréstimos e financiamentos. O Banco Central a define periodicamente, com o objetivo de controlar a inflação, influenciando o consumo e o investimento no país.
Esse índice também afeta diretamente o rendimento de investimentos atrelados a títulos públicos, como o Tesouro Direto, além de outros produtos financeiros que seguem a variação dos juros. A Selic alta aumenta a rentabilidade, enquanto uma Selic baixa reduz os ganhos.
Entre 2023 e 2024, a taxa caiu em diversas ocasiões, chegando aos atuais 10,5% ao ano. No entanto, existem projeções defendendo uma Selic a 11,5% ou 12% ao ano até o final de 2024. Isso pode afetar a economia brasileira e o mercado de crédito.
Como a alta da Selic reflete nas taxas de juros cobradas pelos bancos?
Diversos economistas afirmam que, caso o Banco Central (BC) persiga a meta de inflação de 3% de forma rigorosa, a taxa Selic precisaria ser elevada para um nível superior a 12% ao ano.
A relação entre esses fatores, e as taxas de juros, pode parecer difícil de entender. Contudo, afeta toda a população brasileira, principalmente a mais pobre, que conta com empréstimos e consignados para ter acesso a serviços básicos.
O que é a taxa Selic?
A taxa Selic, sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é a principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação e conduzir a política monetária do país.
Essa taxa representa o custo do dinheiro na economia, influenciando diretamente as taxas de juros praticadas por bancos e outras instituições financeiras.
Trata-se da taxa de juros básica da economia, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em reuniões realizadas a cada 45 dias. Ao ajustar a Selic, o Banco Central sinaliza para o mercado suas intenções em relação à inflação.
Qual é relação entre Selic e inflação
Quando o Banco Central eleva a Selic, o custo do dinheiro para bancos e empresas aumenta, e, consequentemente, os juros cobrados em empréstimos e financiamentos também tendem a subir.
Com o crédito mais caro, o consumo e os investimentos diminuem, uma vez que os juros aumentam. Ou seja, é uma prática para controlar a inflação.
Por outro lado, quando a Selic é reduzida, o custo do dinheiro diminui, incentivando o consumo e os investimentos. Com a economia aquecida, a inflação pode voltar a pressionar os preços.
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Como a Selic alta pode afetar o bolso dos brasileiros?
As decisões do Copom sobre a Selic têm relação com diversos aspectos da economia. Quando a Selic está alta, o consumo tende a diminuir, pois o crédito fica mais caro.
Isso significa que linhas de crédito como empréstimos pessoais, consignados, financiamentos e afins podem ter os juros mais altos. Já com a Selic baixa, o consumo é estimulado.
Juros de investimentos são calculados pela Selic
A Selic tem um impacto direto na rentabilidade dos títulos de renda fixa, como os títulos do Tesouro Nacional. Quando a Selic sobe, a rentabilidade desses títulos também tende a aumentar.
Ou seja, investimentos em títulos públicos, ou CDBs, por exemplo, podem se tornar opções vantajosas. Além do retorno mais alto, eles são considerados os mais seguros do mercado financeiro.
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