Embora representem a digitalização do mercado financeiro, o Real Digital e o Pix são instrumentos diferentes. Descubra qual é a função de cada um.
Em 1808, a família real portuguesa fugia de um conflito com a França e vinha para o Brasil, que naquela época era colônia do país europeu. Naquele contexto, surgiu o banco mais antigo daqui, o Banco do Brasil.
Em 2024, a instituição financeira deu o primeiro passo para o que pode ser uma nova revolução na forma como lidamos com as finanças: os testes com o Real Digital. Além do BB, outros bancos como Santander e Itaú também já começaram a usar o Drex.
Com isso, muitos brasileiros se questionam qual é a diferença da versão digital do Real com o Pix, lançado pelo Banco Central em 2020.
Afinal, qual é a diferença do Real Digital com o Pix? Descubra
O Banco do Brasil, uma das maiores instituições financeiras do país, deu início aos testes do Real Digital, a moeda emitida pelo Banco Central.
Essa novidade promete revolucionar a forma como realizamos transações financeiras e gerou grande expectativa no mercado e entre os consumidores.
Mas afinal, qual a diferença entre o Real Digital e o Pix, um sistema de pagamentos instantâneos já consolidado no Brasil?
O que é Drex?
O Real Digital, também conhecido como Drex, ou Real X, é uma representação digital da moeda oficial brasileira. Emitido e garantido pelo Banco Central, funciona como uma espécie de cédula virtual.
As transações realizadas com o Drex são registradas em um sistema centralizado, garantindo maior segurança e rastreabilidade.
Essa nova forma de dinheiro está diretamente vinculada à unidade monetária nacional e pode ser utilizada tanto como meio de pagamento quanto como reserva de valor.
E o Pix?
Em contrapartida, o Pix é um sistema que utiliza contas correntes para facilitar transferências e pagamentos instantâneos, já tendo se tornado uma opção popular entre os consumidores.
Ou seja, diferente do Drex, o Pix é uma forma de pagamento virtual e não uma moeda emitida pelo BC.
Por que o Banco Central criou o Drex?
As vantagens do Real Digital incluem maior segurança, já que as transações são registradas em um sistema centralizado, dificultando fraudes. As transferências são instantâneas e apresentam custos reduzidos, tornando o processo mais eficiente.
Além disso, essa nova moeda pode ampliar o acesso a serviços financeiros para pessoas não bancarizadas, promovendo a inclusão financeira e servindo como uma alternativa ao dinheiro físico para guardar valor.
Quando o Drex vai ficar disponível para o público?
A implementação do Real Digital também enfrenta desafios. É necessário investir em infraestrutura tecnológica para garantir a segurança e a estabilidade do sistema.
A população precisa ser educada sobre os benefícios e os riscos do dinheiro digital, enquanto as instituições financeiras devem se adaptar a essa nova realidade, o que pode exigir mudanças significativas em suas operações.
Quais bancos estão testando o Drex?
De acordo com o Banco Central, 14 bancos e instituições financeiras estão testando o uso do Real Digital em pagamentos. Confira:
- Bradesco
- Nubank
- Banco Inter, Microsoft e 7Comm
- Santander, Santander Asset Management, F1RST e Toro CTVM
- Itaú Unibanco
- Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS e Parfin
- SFCoop: Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred
- XP, Visa
- Banco BV
- Banco BTG
- Banco ABC, Hamsa, LoopiPay
- Banco B3, B3 e B3 Digitas
- ABBC: bancos Brasileiro de Crédito, Ribeirão Preto, Original, ABC, BS2 e Seguro; ABBC, BBChain, Microsoft e BIP
- Banco do Brasil
Quanto vai valer 1 Drex?
Um Drex irá valer o mesmo que R$ 1. Trata-se do Real Digital e não de uma criptomoeda. Por conta do controle do Banco Central, a versão virtual vai acompanhar o valor da versão física.
Por fim, vale mencionar que o Drex tem previsão de lançamento nos próximos anos. A expectativa era em 2024, mas pode ser que ele seja liberado mais tarde.