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Cheque especial é responsável pelo ENDIVIDAMENTO de famílias brasileiras; por que a modalidade de crédito é PERIGOSA?

Por mais que o cheque especial possa parecer uma alternativa para quem está no vermelho, a modalidade de crédito pode ocasionar no super endividamento.

O cheque especial é um dos créditos mais utilizados pelos consumidores. Apesar de parecer uma solução rápida para imprevistos financeiros, pode se tornar um verdadeiro vilão no bolso das famílias brasileiras. 

Essa modalidade de crédito, muitas vezes utilizada sem cautela, pode levar ao endividamento crônico e comprometer seriamente a saúde financeira. De acordo com especialistas, a facilidade de liberação e os juros altos são responsáveis por esse cenário. 

Alguns especialistas também apontam a falta de transparência dos bancos como o motivo do super endividamento. Conhecer a modalidade de crédito é essencial para evitar dívidas e outros prejuízos. 

Cheque especial é responsável pelo ENDIVIDAMENTO de famílias brasileiras; por que a modalidade de crédito é PERIGOSA
Descubra como o cheque especial pode causar o endividamento – Foto: Jeane de Oliveira

Por que o cheque especial é considerado uma das piores modalidades de crédito? Entenda

Entrar no cheque especial é muito comum, principalmente quando o consumidor possui dificuldades em conseguir gerenciar seu orçamento. A prática é ainda mais presente nas famílias de baixa renda. 

De acordo com dados do Banco Central, 44% dos usuários da modalidade recebem até dois salários mínimos. Juntando esse fato com os juros elevados e a facilidade de acesso, a categoria representa um dos principais ‘vilões’ do orçamento das famílias brasileiras. 

Juros

O cheque especial é conhecido por suas taxas de juros abusivas, que podem chegar a alcançar mais de 200% ao ano, segundo dados do Banco Central. 

Isso significa que, para cada R$100 utilizados, o consumidor pode ter que pagar de volta mais de R$200, um valor exorbitante que torna a dívida extremamente difícil de ser quitada. 

Fácil acesso

A facilidade de acesso também contribui para o seu uso desenfreado. Com apenas alguns cliques no aplicativo do banco, o dinheiro cai na conta, sem análise aprofundada da capacidade de pagamento do cliente. 

Em outros casos, nem é necessário solicitar o uso do crédito. O consumidor simplesmente passa a usá-lo quando está sem saldo na conta, sem aviso prévio do banco. Essa praticidade, porém, tem um preço alto: a armadilha do endividamento.

O que acontece se eu usar o cheque especial?

Ao cair no cheque especial, muitos consumidores entram em um ciclo vicioso de dívidas. A alta taxa de juros consome grande parte da renda familiar, dificultando a quitação do saldo devedor e obrigando o uso recorrente da modalidade. 

Essa situação gera um efeito bola de neve, onde a dívida só cresce e o controle financeiro se torna cada vez mais distante. Até que chega em um momento que o banco não vai liberar crédito para o consumidor, e ele terá uma grande dívida. 

Na prática, o uso excessivo da modalidade de crédito pode levar ao empobrecimento da família. A situação é ainda mais grave entre os brasileiros de baixa renda. 

Quais são as consequências do endividamento?

O endividamento excessivo com o cheque especial pode ter consequências graves para a vida financeira das famílias. A inadimplência pode levar à restrição de crédito, dificultando a obtenção de empréstimos e financiamentos futuros. 

Além disso, o estresse gerado pela dívida pode afetar o bem-estar mental e as relações interpessoais. Diversos psicólogos afirmam que ter o nome sujo pode afetar a saúde mental do consumidor, gerando quadros como ansiedade e depressão. 

Alternativas

Para evitar as armadilhas da modalidade, é fundamental buscar alternativas mais conscientes. Planejamento financeiro, controle de gastos e a busca por crédito com taxas de juros mais baixas são medidas essenciais para se manter longe do vermelho.

Além do mais, se possível, é recomendado criar uma reserva financeira, que possa ser usada em situações de emergências. 

Arthur Kodjaian

Jornalista, graduado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, redator há mais de quatro anos. Sou apaixonado por escrita e já atuei em diversos segmentos.

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