Embora o consórcio de veículos permite a compra do bem sem a necessidade de pagar juros, o consumidor deve entender as regras da modalidade para evitar surpresas no futuro.
Consórcio é um sistema de compra colaborativa onde um grupo de pessoas contribui mensalmente com um valor para formar um fundo comum. Esse fundo é utilizado para a compra de bens ou serviços.
Nos últimos anos, a modalidade tem ganhado popularidade como uma alternativa ao financiamento tradicional. Essa opção atrai muitos consumidores que buscam uma forma mais econômica e planejada de adquirir um automóvel.
No entanto, como qualquer produto financeiro, apresenta tanto benefícios quanto desvantagens que devem ser avaliados com cuidado. Conhecer as regras da modalidade é essencial para quem deseja fazer a melhor escolha financeira.
Consórcio de veículos se torna popular entre os brasileiros; entenda os riscos da modalidade
No consórcio, o tomador paga uma parcela mensal até ser contemplado com a carta de crédito. A contemplação pode ocorrer por sorteio ou lance, que é uma oferta de antecipação de parcelas para aumentar as chances de ser contemplado.
Embora a modalidade não cobre taxas de juros, os consorciados devem arcar com as taxas de administração e taxas de seguro.
Consórcio de veículos
A modalidade permite que o consumidor adquira um carro novo ou usado sem pagar juros elevados. Após a adesão e o pagamento das parcelas, ele pode ser contemplado e utilizar a carta de crédito para a compra do veículo.
Tipos
Além do contrato de veículos, existem outras modalidades. Veja a seguir:
- Imóveis: é usado para compra de imóveis comerciais ou residenciais;
- Serviços: pode ser usado para financiar serviços como viagens e reformas;
- Eletrodomésticos: permite a aquisição de diferentes tipos de bens e serviços.
Quanto custa um consórcio de R$ 30 mil?
Para um consórcio de R$ 30 mil com taxa de administração de 10% e prazo de 48 meses, o valor total pago ao final do período seria de aproximadamente R$ 33 mil. Isso inclui a taxa de administração que é diluída ao longo das parcelas.
A parcela mensal média seria em torno de R$ 687,50, considerando a taxa e a divisão do valor total pelo número de meses.
Vale mencionar, no entanto, que isso é uma simulação. As administradoras do contrato podem cobrar outras taxas, como o seguro.
Afinal, quais são os riscos da modalidade?
Os principais riscos do consórcio incluem a possibilidade de não ser contemplado rapidamente e a necessidade de continuar pagando as parcelas mesmo sem ter o bem.
Há também o risco de inadimplência de outros participantes, o que pode afetar o fundo comum e o andamento do grupo.
Desvantagens da modalidade
A principal desvantagem é a falta de previsibilidade quanto ao momento da contemplação. Além disso, mesmo após ser contemplado, o tomador precisa aguardar o tempo necessário para o fechamento do negócio.
Se precisar do bem imediatamente, pode não ser a melhor opção. Vale mencionar que as parcelas do contrato são reajustadas, conforme a inflação. Contudo, o valor da carta de crédito também sofre reajuste.
Qual é a diferença da compra coletiva com o financiamento?
Enquanto o consórcio é baseado em contribuição colaborativa e sorteio, o financiamento oferece a aquisição imediata do bem com a condição de pagamento em parcelas.
O financiamento inclui juros que são calculados sobre o valor total do empréstimo, enquanto a compra coletiva cobra uma taxa de administração. Uma modalidade oferece o bem imediatamente, com juros maiores, e outra oferece com menos custos, só que com demora.