O consórcio é uma opção para quem não quer pagar as taxas de juros altas do financiamento tradicional. Entenda como a modalidade funciona.
Conhecer novos lugares, viver aventuras ou simplesmente relaxar um pouco, existem vários motivos para fazer uma viagem. Por mais que a experiência seja benéfica, ela é inacessível para muitas pessoas.
Afinal de contas, é necessário gastar com hospedagem, seguros, alimentação e transporte. Em alguns casos, só é possível chegar ao destino de avião. Tudo isso encarece a viagem.
O consórcio se torna uma opção para quem deseja realizar esse sonho. É possível conseguir valores altos sem os juros do financiamento. No entanto, a modalidade apresenta alguns riscos.
Vale a pena fazer consórcio de viagens? Entenda as regras da modalidade
O consórcio é uma opção de compra programada que reúne pessoas interessadas em adquirir bens ou serviços. Formam-se grupos de consorciados que contribuem mensalmente para um fundo comum, administrado por uma empresa especializada.
Periodicamente, os membros do grupo são contemplados por sorteio ou lance, recebendo uma carta de crédito para realizar a compra planejada.
Como o consórcio funciona?
Os participantes pagam parcelas mensais para um fundo comum. Esse valor acumulado é utilizado para contemplar, via sorteio ou lances, os consorciados que recebem a carta de crédito.
A administradora do consórcio é responsável por gerenciar os recursos, realizar os sorteios e garantir que todos os membros sejam contemplados até o final do período estabelecido.
As parcelas mensais podem variar conforme o valor do bem ou serviço desejado e o prazo de pagamento. Embora não tenha juros, existem taxas de administração e seguro.
Tipos
Existem diversos tipos disponíveis no mercado, incluindo:
- Imóveis: para aquisição de casas, apartamentos ou terrenos;
- Veículos: voltado para compra de carros, motos e outros automóveis;
- Serviços: para financiamento de serviços como reformas, cirurgias estéticas e eventos;
- Eletrodomésticos: destinado à compra de eletrodomésticos e eletrônicos.
Confira o valor de um contrato de R$ 30 mil
Em um consórcio de viagens de R$ 30 mi, a taxa de administração é adicionada ao valor total. Com isso, o custo total seria de R$ 33 mil, para um prazo de 4 anos.
Dividindo esse valor pelo período de 48 meses, a parcela mensal ficaria em aproximadamente R$ 687,50. É importante lembrar que, além das parcelas, pode haver custos adicionais como seguros e taxas de adesão.
Quais são os riscos?
A contemplação não é garantida em um período específico, podendo ocorrer no início ou no final do prazo. Além disso, a inadimplência de outros membros do grupo pode afetar o funcionamento, embora as administradoras possuam mecanismos para mitigar esse risco.
Outra questão é a possibilidade de variação nas parcelas em função de reajustes contratuais. E por fim, existe um risco adicional quando se trata de viagens.
Mesmo com o reajuste no valor recebido, a variação cambial pode tornar o valor da carta de crédito insuficiente para comprar toda a viagem. Portanto, é essencial ter um bom planejamento financeiro.
Consórcio ou financiamento; qual escolher?
A principal diferença está nos custos e na forma de aquisição. No financiamento, o bem é adquirido de imediato, e o comprador paga parcelas mensais com juros ao longo do tempo.
Já na outra opção, não há cobrança de juros, mas o participante precisa esperar a contemplação para receber a carta de crédito.
O consórcio é ideal para quem pode esperar, enquanto o financiamento atende quem necessita do bem imediatamente, apesar dos custos mais elevados.