A utilização indevida da identidade e logomarca do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por golpistas tem se tornado uma prática cada vez mais comum.
Essas fraudes prejudicam aposentados, pensionistas e outros beneficiários da Previdência Social, induzindo-os a acreditarem que precisam contratar serviços ou pagar por supostos direitos que, na realidade, não existem.
O cenário é alarmante, pois envolve não apenas o uso da imagem institucional do INSS, mas também táticas sofisticadas para enganar cidadãos em situação de vulnerabilidade.
Como os criminosos fingem ser o INSS?
Os criminosos utilizam diversas estratégias para fingir ser representantes oficiais do INSS, sendo o uso indevido da logomarca da instituição uma das mais comuns.
Em muitas situações, entidades fraudulentas enviam correspondências ou e-mails que imitam o visual dos documentos oficiais do INSS, com o intuito de dar uma aparência de legitimidade às suas ações.
Em alguns casos, até mesmo crachás e veículos com adesivos falsificados são usados para enganar as vítimas.
Um exemplo recente envolveu uma associação que enviava cartas com timbre do INSS, afirmando que os beneficiários teriam direito a rendimentos atrasados, desde que entrassem em contato com o número fornecido no documento.
Além disso, a presença de falsos servidores nas residências dos beneficiários tem sido relatada em diversos locais.
Esses criminosos alegam estar realizando “provas de vida presenciais”, um procedimento que o INSS não realiza de forma domiciliar, levando muitas pessoas a fornecerem dados pessoais ou até mesmo valores em dinheiro.
Outra situação comum envolve o uso de plataformas de mídia social, onde vídeos são divulgados com supostas facilidades para concessão de benefícios, utilizando figuras públicas ou influencers para atrair a atenção.
Logo abaixo dos vídeos, geralmente há ofertas de empréstimos consignados ou de serviços que, na verdade, o beneficiário poderia acessar gratuitamente por meio dos canais oficiais.
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Quais benefícios são alvo?
Os golpes relacionados ao INSS geralmente têm como alvo os principais benefícios oferecidos pela Previdência Social, especialmente aqueles voltados para aposentados, pensionistas e pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O BPC, que oferece um salário mínimo a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade, tem sido especialmente visado.
Em um caso recente, golpistas entraram em contato com um idoso no Rio de Janeiro, afirmando que ele já tinha direito ao BPC, mesmo sem ter solicitado o benefício.
Durante o contato, foi emitido um boleto cobrando pelo suposto serviço de concessão do benefício, enganando a vítima.
Outro alvo comum é o auxílio-doença, também conhecido como Benefício por Incapacidade Temporária.
Falsas promessas de revisões de benefícios, ou mesmo de recebimento de valores retroativos, são frequentemente usadas para convencer os beneficiários a entrarem em contato com golpistas, que se passam por intermediários ou advogados especializados.
Além disso, informações enganosas sobre o 14º salário para aposentados ou 13º salário para beneficiários do BPC, benefícios que não estão previstos na legislação, são divulgadas com o intuito de atrair as vítimas para golpes relacionados a empréstimos e serviços desnecessários.
Os criminosos também se aproveitam da falta de conhecimento de muitos segurados sobre os procedimentos do INSS.
Usando termos técnicos ou se passando por especialistas, eles convencem as pessoas de que precisam pagar por algo que, na realidade, é gratuito ou inexistente.
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Como evitar cair no golpe do INSS?
Para evitar ser vítima desses golpes, o INSS orienta que os beneficiários sempre utilizem os canais oficiais de atendimento da instituição.
O aplicativo ou site “Meu INSS” é a plataforma segura para realizar consultas, enviar documentos e verificar o status dos benefícios.
Além disso, o INSS nunca solicita informações pessoais ou fotos de documentos por e-mail, WhatsApp ou ligações telefônicas, e qualquer contato oficial é feito apenas por meio do número SMS 280-41.
Se o beneficiário receber qualquer mensagem que não provenha desses canais, é importante desconfiar e verificar a autenticidade diretamente pelo telefone 135 ou pelo próprio site.
Outro ponto essencial é que o INSS não realiza visitas domiciliares para a realização de provas de vida ou coleta de dados.
Caso algum suposto servidor do INSS apareça na residência de um segurado, a orientação é não fornecer qualquer informação ou documentos e entrar em contato com a Polícia Federal.
É importante também nunca entregar dados como número de conta bancária, CPF ou documentos pessoais a terceiros que se apresentem como intermediários de benefícios.
Além disso, é fundamental que os segurados mantenham seus dados de contato atualizados no sistema do INSS, pois qualquer convocação oficial, como a atualização de cadastros, será registrada no Meu INSS.
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