Você pode aumentar seus ganhos neste mês. As principais corretoras revelam as 10 ações mais indicadas para investir em outubro e potencializar seus rendimentos financeiros.
As ações da Vale, Petrobras e Cyrela estão entre as mais recomendadas para investimento em outubro. Embora a carteira mantenha um perfil majoritariamente conservador, com predominância de empresas de commodities e do setor financeiro, houve uma inclusão de empresas de outros setores, adicionando diversidade à seleção.
Além disso, o setor de empresas de commodities avançou para a liderança nas recomendações, com a entrada de Gerdau e Suzano, ambas com duas indicações cada. Dessa forma, a Vale, Petrobras, Gerdau e Suzano compõem as principais escolhas nesse segmento. Por outro lado, a Vibra saiu das recomendações das empresas de commodities.
Entretanto, o setor financeiro caiu para o segundo lugar, passando de cinco para três recomendações. O Banco do Brasil manteve-se como o favorito, com três indicações. Além dele, o Itaú e a Itaúsa foram recomendados, cada um com duas indicações. Nesse movimento, Bradesco, BTG e BB Seguridade deixaram a carteira.
Opções conservadoras de investimento
Tanto o setor financeiro quanto o de commodities são considerados mais conservadores pelos analistas. Empresas exportadoras, como as de commodities, são vistas como alternativas mais seguras por não estarem tão expostas ao mercado local.
Já os bancos são considerados eficientes e sólidos, apresentando menor volatilidade em períodos de alta ou baixa da bolsa.
Contudo, ações de outros segmentos podem apimentar a seleção. Além da construtora Cyrela, foram recomendadas a empresa de telecomunicações Tim e a fabricante de ônibus Marcopolo, cada uma com três indicações.
Ademais, alguns analistas acreditam que a alta de juros no país não impedirá o avanço da bolsa. A expectativa é que o corte de juros nos Estados Unidos possa abrir espaço para isso, com a retomada dos investimentos estrangeiros e os estímulos à economia da China, beneficiando especialmente as empresas de commodities.
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Desempenho da Carteira Valor em comparação ao Ibovespa
Simultaneamente, a Carteira Valor registrou uma queda de 3,29% no mês passado, enquanto o Ibovespa teve uma baixa de 3,08% em setembro.
No acumulado do ano, a carteira apresenta uma perda de 8,22%, em contraste com um prejuízo de 1,77% do principal índice da bolsa.
Nos últimos 12 meses até setembro, a Carteira Valor acumula uma alta de 4,89%, frente a um avanço de 13,08% do Ibovespa.
O que é a Carteira Valor?
Em suma, a Carteira Valor é composta pelas ações indicadas pelas instituições participantes. Cada uma das 13 corretoras seleciona cinco papéis para o ranking das ações mais recomendadas para investir no mês.
Em caso de empate, prevalecem os papéis com o maior volume financeiro médio na bolsa nos últimos 90 dias até o fim de cada mês. A rentabilidade da Carteira Valor é calculada mensalmente com base na média da variação simples das ações, sem considerar pesos variados entre os papéis.
Atualmente, as corretoras que integram a Carteira Valor são: Ativa, Ágora, BB Investimentos, CM Capital, Genial, MyCap, Nova Futura, Pagbank, Planner, Safra, Santander, Terra Investimentos e XP Investimentos.
Além disso, com a Carteira Valor, os leitores podem comparar o desempenho das instituições participantes em diferentes períodos, acompanhar os resultados da seleção e do Ibovespa em tempo real, e ainda classificar as corretoras por desempenho.
Recomendações para cada ação da Carteira Valor
Vale
Em relação à Vale, a empresa foi recomendada por ser um dos principais negócios de mineração do mundo.
De acordo com Regis Chinchila, analista certificado da corretora Terra Investimentos, a perspectiva para o setor está volátil devido às políticas de estímulos à economia da China e às incertezas geopolíticas no Leste Europeu, Oriente Médio e Taiwan.
No entanto, a previsão de retomada para níveis históricos de demanda por aço e a possibilidade de aumento na demanda por metais, decorrente de conflitos geopolíticos, representam uma oportunidade de longo prazo para a Vale.
“Apesar das revisões de produção, a empresa continua apresentando resultados sólidos e sendo uma escolha atrativa para os investidores”, afirma o analista.
A CM Capital Corretora acrescenta que há a possibilidade de elevação no preço do minério de ferro, como consequência dos estímulos para a retomada do crescimento da China.
Petrobras
Quanto à Petrobras, foi indicada pela corretora Ágora Investimentos devido à expectativa de um retorno total ao acionista por meio da distribuição de dividendos atrativos.
A análise aponta que a empresa segue gerando um bom caixa e deve proporcionar um rendimento médio de dividendos de 12% nos próximos cinco anos.
“Vemos a Petrobras sendo negociada com um desconto de 30% em comparação aos pares mundiais. Para os próximos meses, é importante monitorar o plano estratégico da companhia, com mais detalhes sobre seus investimentos, mas não esperamos grandes mudanças na estratégia de alocação de capital”, destaca a equipe da instituição.
A corretora MyCAP Investimentos manteve a recomendação da Petrobras por acreditar que a demanda por seus produtos seguirá elevada e que os preços do petróleo permanecerão altos.
“A empresa atende a uma clientela diversificada, tanto mundial quanto nacional, mesmo com a manutenção da pressão e risco de interferência governamental na estatal”, afirma.
Cyrela
Em relação à Cyrela, a empresa entrou na seleção por ser uma incorporadora e construtora de imóveis residenciais com presença significativa no país, operando em 16 estados e 66 cidades, além de atuar na Argentina e no Uruguai.
Com mais de 50 anos de experiência e um sólido portfólio, a empresa possui mais de 8 mil clientes e projetos renomados, como o Faria Lima Financial Center e o JK Financial Center, em São Paulo, além de empreendimentos no Rio de Janeiro.
Apesar de os juros elevados dificultarem a aceleração da retomada do setor, acredita-se no potencial de aumento da receita impulsionado pelo desempenho operacional, especialmente pela melhoria da margem bruta devido ao lançamento de projetos mais rentáveis em 2025, conforme destaca Regis Chinchila.
Banco do Brasil
No que diz respeito ao Banco do Brasil, foi indicado pela Genial Investimentos porque os grandes bancos apresentam uma boa perspectiva de resultados nos próximos meses.
“Diante da grande volatilidade que temos acompanhado na bolsa no Brasil, acreditamos que os bancos devem se destacar”, afirma Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial.
Ele acrescenta que, mesmo com a presença de um fluxo significativo de investidores estrangeiros desde o início dos cortes de juros nos Estados Unidos, as ações de maior liquidez, como as das instituições financeiras, são as principais candidatas a receber esse capital.
“Se essa estratégia der certo e se confirmar a partir de outubro, os grandes bancos estarão aptos a receber esses recursos”, complementa.
A corretora ressalta que, em mais um sólido trimestre, o Banco do Brasil divulgou um lucro de R$ 9,5 bilhões no segundo trimestre de 2024, uma alta de 2,2% em relação ao primeiro trimestre e de 8,2% em comparação ao segundo trimestre de 2023.
“Com um portfólio de produtos mais defensivo e balanceado, o banco conseguiu atravessar de forma lucrativa este ciclo de crédito, posicionando seu retorno sobre o patrimônio bem acima de concorrentes privados como Santander e Bradesco”, afirma a instituição.
Tim
Em relação à Tim, a empresa foi incluída na Carteira Valor por apresentar indicadores contábeis melhores que os da concorrente Vivo, segundo a CM Capital Corretora.
Além disso, é a única companhia do setor de telecomunicações listada no Índice de Governança Novo Mercado, segmento que reúne empresas com elevada governança corporativa.
“A Tim tem se mostrado bastante estável e, inclusive, está aumentando o pagamento de proventos”, destaca a equipe da instituição.
A Tim registrou um lucro líquido de R$ 781 milhões no segundo trimestre deste ano, um aumento de 24,7% em relação ao mesmo período de 2023. Analistas avaliaram que o resultado demonstra uma geração de caixa robusta e que o setor de telefonia móvel continua em um momento positivo.
Marcopolo
Quanto à Marcopolo, a empresa entrou na Carteira Valor porque a gestão declarou recentemente que as margens do negócio podem se expandir, com ganhos de eficiência em materiais e processos de produção, conforme afirma a Ágora Investimentos.
“Embora isso seja em parte resultado do processo de corte de custos e de um cenário favorável de preços, a empresa ainda tem outras alavancas para impulsionar. Por exemplo, um terço da força de trabalho são contratações novas, e reduzir as horas contratadas seria uma das maneiras de melhorar as margens”, explica a instituição.
A corretora acrescenta que a ação está sendo negociada com um desconto de mais de 50% em relação à média histórica.
Itaú
No caso do Itaú, foi indicado pela Genial porque os grandes bancos estão com uma boa perspectiva de resultados nos próximos meses. A instituição acredita que as ações de maior liquidez, como as das instituições financeiras, são as principais candidatas a receber fluxo de investidores estrangeiros.
A corretora destaca que o Itaú apresentou mais um trimestre de resultados consistentes. “O Itaú reportou uma nova expansão de rentabilidade e crescimento de lucro, atingindo um novo recorde histórico e consolidando sua posição de liderança no setor financeiro”, ressalta.
O lucro líquido recorrente no segundo trimestre ultrapassou a marca de R$ 10 bilhões, com alta de 3,1% em relação ao primeiro trimestre e de 12,2% em comparação ao segundo trimestre de 2023, em linha com as previsões da Genial e com o consenso de mercado. O banco também aumentou seu retorno sobre o patrimônio.
“Para 2024, esperamos que o banco apresente uma aceleração no crescimento da carteira de crédito com a retomada do apetite a risco em algumas linhas de negócio, além de um alívio na linha de tarifas, principalmente com um mercado de capitais um pouco mais ativo”, afirma a instituição.
Suzano
Em relação à Suzano, a empresa foi incluída na Carteira Valor por ser uma das mais tradicionais organizações empresariais brasileiras, atuando há mais de 85 anos no setor de papel e celulose.
Profissionais destacam a capacidade da empresa de inovar e ousar na proposta de novos modelos de negócio e produtos.
“O negócio investe na construção de relacionamentos duradouros, marcados pelo respeito e confiança recíprocos, com colaboradores, consumidores, clientes, fornecedores, comunidades e demais públicos”, afirma Regis Chinchila, da Terra Investimentos.
Ele acrescenta como pontos positivos a aquisição da empresa Pactiv Evergreen, localizada nos Estados Unidos, e a retomada do crescimento econômico global como fator importante para o crescimento da companhia.
“O corte de juros nos Estados Unidos e na Europa e os estímulos na economia chinesa são pontos positivos para a Suzano”, afirma.
Itaúsa
Quanto à Itaúsa, holding que controla o banco Itaú e as empresas Dexco, CCR e Alpargatas, foi escolhida pela CM Capital Corretora porque as ações estão em ascensão nos últimos períodos.
A instituição destaca que o investidor tem a possibilidade de investir em uma empresa que pode se beneficiar em um cenário de elevação de juros, mas com um desconto de 22% em relação à ação do Itaú.
A Itaúsa apresentou um lucro líquido de R$ 3,8 bilhões no segundo trimestre, uma alta anual de 4,7%. A receita da companhia avançou 2,1% no mesmo período, totalizando R$ 2 bilhões.
Gerdau
Por fim, a corretora MyCAP indicou investir no setor de siderurgia e mineração através das ações da Gerdau, pois a companhia pode ser impulsionada pela recuperação do preço das ações, que estão bastante descontadas na visão da instituição.
“Destacamos a influência positiva dos incentivos chineses, que devem manter os preços das commodities elevados, somada à perspectiva de projetos internos e alta demanda, impulsionada por estímulos no setor de indústria e construção”, afirma a equipe da MyCAP.
“Com presença internacional, especialmente nos Estados Unidos, a Gerdau está posicionada para se beneficiar da contínua demanda, impulsionada por projetos de infraestrutura internacionais e locais. A diversificação geográfica e de segmentos ajuda a ter receitas variadas, amplia o portfólio de produtos e dilui os riscos específicos”, acrescenta.
A corretora também destaca a taxação e o limite de importação do aço e o fechamento de unidades como fatores relevantes.
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