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Imposto de Renda: descubra as melhores formas de deduzir o valor a pagar

O Imposto de Renda é uma obrigação que afeta diretamente milhões de contribuintes no Brasil, mas existem formas legais de reduzir o valor devido.

Ao utilizar corretamente as deduções permitidas pela legislação, é possível minimizar o impacto no bolso e até mesmo aumentar o valor da restituição. Essas deduções abrangem desde despesas médicas até doações e previdência privada.

Para que o contribuinte consiga se beneficiar dessas deduções, é essencial entender as regras de cada uma e, sobretudo, manter a organização dos comprovantes.

Não basta apenas declarar os gastos; é necessário saber como registrá-los de forma adequada e dentro dos limites estabelecidos pela Receita Federal. O modelo de declaração escolhido também influencia na possibilidade de dedução.

Imposto de Renda descubra as melhores formas de deduzir o valor a pagar
As melhores formas de deduzir o Imposto de Renda e pagar menos – Crédito: Jeane de Oliveira / procredito360.com.br

Deduções no Imposto de Renda

As deduções são despesas que podem ser abatidas da base de cálculo do Imposto de Renda, diminuindo o valor final a ser pago à Receita Federal.

Ao subtrair esses gastos dos rendimentos tributáveis, o contribuinte reduz o montante que servirá de base para o cálculo do imposto. É uma forma legal de pagar menos impostos e, dependendo do caso, até aumentar o valor a ser restituído.

No entanto, para usufruir desses benefícios, é essencial conhecer as regras estabelecidas pela Receita Federal.

Veja também:

Despesas dedutíveis: o que pode ser abatido

Despesas com educação

Uma das deduções mais comuns é a de despesas com educação. Os valores pagos para escolas, faculdades e cursos técnicos podem ser abatidos, tanto do contribuinte quanto de seus dependentes. A dedução tem um limite anual de R$ 3.561,50 por pessoa.

É importante lembrar que essa dedução só é válida para despesas com ensino formal, ou seja, cursos livres como idiomas e atividades extracurriculares, como música ou esportes, não são dedutíveis.

Despesas médicas

As despesas médicas também podem ser deduzidas integralmente, sem limite de valor. Isso inclui consultas médicas, tratamentos, exames, internações, cirurgias, tratamentos dentários, entre outros serviços relacionados à saúde.

Contudo, as despesas médicas precisam ser comprovadas por meio de recibos e notas fiscais emitidos pelos profissionais ou estabelecimentos que prestaram o serviço.

Além disso, vale destacar que gastos com planos de saúde, tanto no Brasil quanto no exterior, também são dedutíveis. Porém, despesas com medicamentos comprados fora do ambiente hospitalar ou custos de acompanhantes em hospitais não entram nessa lista de deduções.

Previdência privada e social

As contribuições para a previdência social, que já são descontadas diretamente do salário, também são dedutíveis.

Já em relação à previdência privada, apenas as contribuições para planos do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) podem ser deduzidas, com um limite de 12% da renda bruta anual do contribuinte.

Vale destacar que a previdência privada é uma excelente opção para quem quer garantir uma aposentadoria mais tranquila e, ao mesmo tempo, reduzir o valor do Imposto de Renda a pagar.

Pensão alimentícia

A pensão alimentícia, quando estabelecida por decisão judicial ou acordo homologado, pode ser integralmente deduzida do Imposto de Renda.

Isso inclui não apenas o valor fixado para a pensão, mas também despesas relacionadas ao alimentado, como gastos com saúde e educação, desde que especificadas no acordo.

Doações

Doações a instituições beneficentes devidamente cadastradas nos órgãos competentes, como o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) ou o Ministério da Educação (MEC), também podem ser deduzidas. A dedução máxima permitida é de 6% do imposto devido para a declaração completa.

Para garantir essa dedução, o contribuinte deve se certificar de que a instituição beneficiada está apta a receber essas doações com benefício fiscal.

Modelos de declaração: completa ou simplificada?

Ao preencher a declaração de Imposto de Renda, o contribuinte pode optar por dois modelos: a declaração completa ou a simplificada. A escolha entre uma e outra depende da quantidade de despesas dedutíveis que o contribuinte tem.

Declaração completa

A declaração completa é recomendada para quem possui muitas despesas dedutíveis, como gastos médicos, educacionais, previdência privada e doações.

Neste modelo, o contribuinte deve informar todas as despesas e, com base nelas, o programa da Receita Federal calcula automaticamente o valor a ser deduzido.

Declaração simplificada

Por outro lado, para quem possui poucas despesas a serem deduzidas, a declaração simplificada pode ser mais vantajosa.

Nesse modelo, há um desconto padrão de 20% sobre a base de cálculo, limitado a R$ 16.754,34. Esse desconto substitui todas as deduções legais, e o contribuinte não precisa comprovar os gastos. O próprio programa da Receita indica qual dos modelos é mais vantajoso, facilitando a escolha.

Organização e documentação

Para garantir que as deduções sejam aceitas pela Receita Federal, é essencial manter todos os comprovantes das despesas organizados e guardados por, pelo menos, cinco anos.

Isso inclui notas fiscais, recibos, contratos e qualquer outro documento que comprove os gastos informados na declaração.

A falta de comprovação pode resultar em multas e outras penalidades, caso a Receita questione a veracidade das informações.

Além disso, é importante verificar se todos os gastos informados estão devidamente associados ao contribuinte ou seus dependentes, evitando assim problemas futuros.

As deduções no Imposto de Renda são uma forma eficaz de reduzir o valor a ser pago e, em alguns casos, aumentar o valor da restituição. No entanto, para aproveitar esses benefícios, é fundamental estar bem informado sobre as regras e limites estabelecidos pela legislação.

Manter a documentação em dia e optar pelo modelo de declaração mais adequado à sua realidade financeira são medidas essenciais para evitar problemas com a Receita Federal e garantir que você esteja pagando o valor correto de impostos.

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