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Mesmo com nova lei, juros rotativo volta a SUBIR e chega a mais de 400% por ano; consumidores ficam preocupados

O juros rotativo é um dos mais altos no mercado de crédito brasileiro e nova lei estipula um valor máximo para a taxa. Entenda.

Em 2024, o governo federal assinou uma nova lei que altera o juros rotativo do cartão de crédito, para até 100% do valor da dívida. Ou seja, os bancos só poderiam cobrar, por exemplo, R$ 100 de juros, em uma fatura de R$ 100. 

Contudo, um levantamento do Banco Central revelou uma cobrança quatro vezes maior do que a estabelecida pela nova lei. Os dados se referem ao primeiro semestre de 2024 e mostram que o juros chegou a mais de 400%. 

Muitos consumidores estão preocupados, uma vez que a nova lei entrou em vigor logo no início do ano. No entanto, o Banco Central tem uma explicação para o ‘aumento’ e afirma que a taxa pode baixar em breve.

Mesmo com nova lei, juros rotativo volta a SUBIR e chega a mais de 400% por ano; consumidores ficam preocupados
Juros rotativo continua em alta – Foto: Jeane de Oliveira

Por que o juros rotativo teve alta, mesmo com a nova lei do cartão de crédito?

Em primeiro lugar, é necessário entender que essa taxa já era esperada. Antes da nova lei, o valor do crédito rotativo chegava a 400% ao ano, de acordo com o Banco Central. Ou seja, não houve um aumento. 

O que ocorreu, na verdade, é que também não houve a diminuição da taxa, conforme a nova lei prevê. Isso já era esperado, segundo o órgão. 

Afinal, o que é juros rotativo?

Os juros rotativos são aplicados quando o usuário não consegue quitar a fatura do cartão de crédito na totalidade até a data de vencimento. 

Nesse caso, o saldo devedor é transferido para o próximo mês, resultando na cobrança de juros sobre o valor não pago. 

Essa prática pode levar a um acúmulo de dívidas, prejudicando a saúde financeira, uma vez que é um dos maiores juros do mercado. 

Por que não houve diminuição do juros após a nova lei?

De acordo com o governo, a nova lei vale para contratos realizados a partir do momento em que ela entrou em vigor, em janeiro de 2024. Ou seja, os contratos antigos, continuam com o juros rotativo alto, de, em média, 400%. 

A expectativa é de que, com o tempo, essa média diminua, à medida que os bancos assinem novos contratos, com o limite de até 100%. A nova lei também trouxe uma novidade aos consumidores: a portabilidade de dívidas. 

Como funciona a portabilidade de dívidas do cartão de crédito?

A portabilidade de dívidas é um recurso que permite ao consumidor transferir sua dívida de um banco para outro, geralmente com o objetivo de encontrar taxas de juros menores. 

Essa opção se tornou gratuita, desde o dia 1 de julho de 2024, proporcionando mais liberdade para negociar e facilitar a quitação das dívidas acumuladas. Estar atento às ofertas disponíveis pode fazer a diferença.

Como aproveitar a nova lei para acabar com as dívidas do cartão de crédito?

Mesmo que o consumidor ainda tenha um contrato com o juros rotativo antigo, algumas medidas podem ser tomadas para acabar com a dívida do cartão. Veja:

  1. Priorize as dívidas com juros altos: foque em quitar as faturas com os maiores juros primeiro;
  2. Faça um planejamento financeiro: organize suas finanças para saber quanto pode destinar ao pagamento das dívidas;
  3. Negocie com a instituição: entre em contato com o banco e tente renegociar sua dívida. Muitas vezes, eles oferecem condições melhores;
  4. Considere a portabilidade: se encontrar uma opção com juros menores, faça a transferência da dívida;
  5. Evite novas compras no cartão: concentre-se em quitar suas dívidas antes de usar o cartão novamente.

Quais são as tarifas cobradas no cartão de crédito?

As tarifas do cartão de crédito podem incluir anuidade, encargos por atraso, taxas de saque e juros rotativo. Conhecer essas tarifas é fundamental para evitar surpresas no final do mês. 

Compare diferentes opções de cartões e escolha aquele que oferece melhores condições para suas necessidades financeiras. Fique atento às cláusulas do contrato e esteja ciente de todos os encargos que podem ser aplicados.

Arthur Kodjaian

Jornalista, graduado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, redator há mais de quatro anos. Sou apaixonado por escrita e já atuei em diversos segmentos.

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