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Nova proposta do Banco Central pode AUMENTAR os juros cobrados pelos bancos

O mercado financeiro anunciou um possível aumento da Taxa Selic por parte do Banco Central, o que pode afetar linhas de crédito e empréstimos. Entenda.

A taxa Selic, referência para a política monetária no Brasil, desempenha um papel crucial na economia. Ela influencia as taxas de juros praticadas pelos bancos e afeta  o custo do crédito e o nível de atividade econômica. Sua definição é feita pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

O Copom se reúne regularmente para avaliar a situação econômica e determinar a taxa Selic. As decisões são baseadas em diversos indicadores, como inflação, crescimento econômico e condições do mercado financeiro. O objetivo é ajustar a taxa para manter a estabilidade econômica e controlar a inflação.

Alterações na taxa Selic impactam a economia de forma ampla, desde o custo dos empréstimos até o retorno de investimentos. Uma taxa mais alta tende a reduzir o consumo e controlar a inflação. De acordo com especialistas, a Selic pode aumentar novamente. 

Nova proposta do Banco Central pode AUMENTAR os juros cobrados pelos bancos
Banco Central tem nova proposta – Foto: Jeane de Oliveira

Banco Central pode aumentar a Selic para 12% ao ano, avalia o mercado 

Nos últimos dias, o mercado revisou para cima suas expectativas em relação à taxa de juros do Banco Central (BC). 

O aumento nas previsões é resultado da deterioração das expectativas de inflação, levando bancos e corretoras a preverem um aumento já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), agendada para 17 e 18 de setembro.

A taxa básica de juros está em 10,5% ao ano desde maio, após um corte de 0,25 ponto percentual. Na reunião de julho, o Copom adotou um tom mais duro. Declarações recentes de autoridades do BC indicam que a elevação dos juros não está descartada, embora sem prazos específicos.

Autoridades do Banco Central não definiram nova taxa

Analistas e instituições consultadas preveem uma política monetária mais restritiva nos próximos encontros do Copom. As previsões variam sobre o grau de aumento, mas há consenso sobre a necessidade de elevação da taxa.

Tony Volpon, ex-diretor do BC, sugere três altas consecutivas de 0,5 ponto percentual a partir de setembro, elevando a taxa para 12% até o fim do ano. Ele destaca o aquecimento da economia e a política fiscal expansiva como fatores que pressionam a inflação, com o objetivo de alcançar a meta de 3%.

Bancos brasileiros pressionam para uma taxa mais alta

O BTG Pactual, a Legacy Capital, o Asa Investments e a ARX Investimentos ajustaram suas previsões para juros mais altos. A Legacy, por exemplo, antecipa uma Selic de 12% em 2024, com três aumentos de 0,5 ponto a partir de setembro.

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Alta na Selic deve se manter em 2025

O mercado agora descarta uma Selic de um dígito para 2025, prevendo juros em 10%. A percepção de alta dos juros no ano que vem é predominante.

O que o Banco Central disse sobre o tema?

O diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, tem liderado uma postura mais dura no Banco Central. Ele afirmou que a instituição não hesitará em elevar os juros se necessário, em resposta ao cenário inflacionário.

Vale mencionar que uma taxa de juros elevada privilegia investidores que aplicam em títulos públicos. Ao mesmo tempo, pode aumentar os custos de empréstimos e outros tipos de financiamentos para os consumidores brasileiros. 

Desde que tomou posse como presidente, Lula (PT) vem travando uma batalha com o Banco Central para a redução dos juros. O órgão, no entanto, afirma que a medida é necessária para controlar a inflação. 

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Arthur Kodjaian

Jornalista, graduado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, redator há mais de quatro anos. Sou apaixonado por escrita e já atuei em diversos segmentos.

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