O perdão de dívidas do Serasa é anunciado por muitas pessoas, que acreditam que não precisam mais honrar seus compromissos. Entenda.
Muitas pessoas acreditam que, após cinco anos, suas dívidas são automaticamente perdoadas e eliminadas do histórico financeiro. No entanto, o processo é diferente do que se imagina. De fato, elas deixam de constar nos cadastros de inadimplência.
Além do mais, os credores não podem mais cobrá-las judicialmente. Ou seja, não há como negativar mais a pessoa por conta de uma dívida antiga. Mas, isso não significa que ela deixe de existir ou que não afete o histórico de crédito.
O Serasa, principal órgão de proteção ao crédito no Brasil, esclarece o que realmente acontece com dívidas antigas e como elas afetam o consumidor a longo prazo.
Por que o Serasa não pode perdoar as dívidas dos consumidores?
O Serasa é uma empresa especializada em análise e informações de crédito. Seu papel é coletar, armazenar e fornecer dados sobre a situação financeira de pessoas e empresas.
Com base nessas informações, instituições financeiras e de crédito podem avaliar a capacidade de pagamento de clientes e o risco de inadimplência, ajudando na tomada de decisões para concessão de crédito.
Além de consultas de crédito, a entidade oferece uma variedade de serviços voltados à saúde financeira. Entre eles, estão a negociação de dívidas, a oferta de soluções para elevar o score de crédito e a monitorização de CPF para evitar fraudes.
Esses serviços permitem que o consumidor tenha maior controle sobre sua vida financeira e consiga oportunidades de crédito mais vantajosas. Na prática, a empresa funciona como um intermediário entre o consumidor e a instituição financeira.
O Serasa perdoa dívidas antigas?
Não. Em primeiro lugar, o Serasa não perdoa dívidas, uma vez que apenas o credor pode decidir se o débito será perdoado.
O que ocorre é que após cinco anos o nome do consumidor é retirado dos cadastros de inadimplentes. Isso significa que a dívida ainda consta no sistema interno dos bancos, além de ficar no histórico do Banco Central.
Ou seja, ainda pode afetar o score. O ideal é que o consumidor negocie as pendências o quanto antes para evitar problemas futuros, como bloqueios judiciais ou dificuldades em obter crédito.
A entidade paga indenização?
Não. Essa é outra mentira. Trata-se de uma informação falsa divulgada na internet para enganar vítimas e induzí-las a enviar dados sensíveis aos criminosos, como senhas de bancos.
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Como se proteger dos golpes na internet
Os golpes na internet, como o da falsa indenização do Serasa, estão se tornando cada vez mais comuns. Criminosos utilizam diferentes métodos para enganar usuários, roubando dados pessoais, financeiros e até clonando perfis em redes sociais.
E-mails falsos, links maliciosos e mensagens de texto enganosas são as principais estratégias usadas para aplicar fraudes digitais. Esses golpes podem resultar em perdas financeiras significativas para as vítimas.
Como se proteger de golpes
Para se proteger de golpes na internet, é importante adotar algumas medidas de segurança:
- Não clique em links suspeitos recebidos por e-mail ou mensagens;
- Verifique a autenticidade dos sites antes de inserir dados pessoais;
- Use senhas fortes e altere-as regularmente;
- Habilite a verificação em duas etapas para contas importantes;
- Mantenha programas de segurança e antivírus atualizados.
Essas práticas reduzem os riscos de cair em fraudes digitais e ajudam a proteger informações sensíveis.
O que fazer caso cair em um golpe?
Se alguém for vítima de um golpe, é importante agir rapidamente. O primeiro passo é contatar a instituição financeira para bloquear contas ou cartões comprometidos. Também é essencial registrar um boletim de ocorrência para formalizar o crime.
Dependendo do golpe, entrar em contato com órgãos de defesa do consumidor pode ser útil para evitar maiores prejuízos e buscar orientações legais.
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