O consignado surge como opção aos beneficiários do INSS que desejam fugir dos altos juros praticados em outras modalidades de crédito. Entenda.
O empréstimo consignado é uma modalidade de crédito que pode ser bastante útil, oferecendo taxas de juros reduzidas e facilidade de pagamento.
No entanto, é crucial que o tomador utilize essa opção com cautela, evitando comprometer uma grande parte de sua renda e, consequentemente, seu poder de compra.
O planejamento financeiro e a consciência dos riscos são fundamentais para evitar os aspectos negativos do consignado e garantir que ele seja um aliado na gestão das finanças pessoais, e não um fator de empobrecimento.
Consignado vale a pena? Qual é o custo mensal?
O empréstimo consignado é uma modalidade de crédito onde as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento ou benefício previdenciário do tomador.
Essa forma de empréstimo é bastante procurada por oferecer juros mais baixos em comparação a outras modalidades de crédito, como o cartão de crédito ou o cheque especial.
Geralmente, é destinado a aposentados, pensionistas do INSS e servidores públicos. Contudo, empregados de empresas privadas com convênio com a instituição financeira também podem fazer.
Como funciona o consignado?
Neste empréstimo, o valor das parcelas é deduzido automaticamente do salário ou benefício do tomador antes mesmo que ele receba o dinheiro. Isso garante uma maior segurança para o banco ou instituição financeira.
O tomador deve, no entanto, cumprir certos requisitos, como ter margem consignável disponível, que é o percentual máximo do salário ou benefício que pode ser comprometido com a dívida.
Quais são as vantagens?
Uma das principais vantagens é a taxa de juros reduzida, que pode ser bem mais baixa que a de outras modalidades de crédito.
Além disso, o prazo para pagamento costuma ser mais longo, facilitando a quitação da dívida. A facilidade de contratação, com menos burocracia e a garantia do desconto em folha, tornam a modalidade uma opção atrativa para muitos.
Quais são os riscos?
Apesar das vantagens, o empréstimo consignado pode ter aspectos negativos, especialmente quando não é utilizado com responsabilidade. Um dos principais problemas é o risco de empobrecimento.
Quando uma parcela significativa do salário ou benefício é comprometida com a dívida, o tomador pode enfrentar dificuldades financeiras para arcar com outras despesas essenciais do dia a dia.
Esse cenário pode levar a um ciclo de endividamento, onde a pessoa toma novos empréstimos para cobrir gastos correntes, agravando sua situação financeira.
Além disso, a facilidade de acesso ao crédito pode incentivar um consumo desenfreado, sem planejamento, resultando em mais problemas financeiros a longo prazo.
Qual é o valor de um empréstimo no orçamento mensal? Confira nossa simulação
Atualmente, o teto de juros para um consignado de aposentados é de 1,68% ao mês.
Confira uma simulação em que o tomador recebe um valor de R$ 15 mil. Lembre-se que ela não representa uma proposta de crédito concreta, pois os valores reais podem variar conforme a instituição financeira, o perfil de crédito do cliente.
Parcelas mensais e juros totais
Ao optar por um prazo de pagamento de 12 meses, as parcelas mensais seriam de R$ 1.302,54, totalizando juros de R$ 2.030,48.
Em 24 meses, as parcelas diminuiriam para R$ 779,47, com juros totais de R$ 3.748,84. Para um prazo de 36 meses, as parcelas seriam de R$ 631,77, resultando em juros de R$ 5.533,32.
Em 48 meses, as parcelas cairiam para R$ 552,71, com juros totais de R$ 7.104,96.
Finalmente, em um prazo de 60 meses, as parcelas seriam de R$ 496,22, acumulando juros de R$ 8.793,32.
