Muitos contribuintes buscam maneiras de reduzir os valores a pagar de forma legal e segura. É possível economizar no imposto ao utilizar adequadamente as deduções e benefícios fiscais previstos pela Receita Federal.
No entanto, é comum que muitas pessoas desconheçam algumas estratégias simples, mas eficientes, para pagar menos tributos.
A escolha do tipo de declaração, a inclusão correta de dependentes e o uso adequado de despesas dedutíveis podem fazer uma grande diferença no valor final do imposto.
Além disso, existem outras possibilidades, como a dedução de gastos com saúde e educação, que são pouco exploradas pelos contribuintes. Um planejamento financeiro adequado é essencial para otimizar a declaração e evitar surpresas desagradáveis.
Declaração simplificada ou completa: qual escolher?
Uma das primeiras decisões que o contribuinte deve tomar ao preencher sua declaração do Imposto de Renda é optar entre o modelo simplificado ou completo.
A declaração simplificada oferece um desconto padrão de 20% sobre os rendimentos tributáveis, sendo indicada para aqueles que possuem poucas despesas dedutíveis. Essa escolha facilita o processo e pode ser vantajosa para quem não tem muitos gastos com saúde ou educação.
Já a declaração completa permite que o contribuinte deduza uma série de despesas, como gastos médicos, educacionais e pensão alimentícia.
Esse modelo é mais indicado para quem possui muitos dependentes ou despesas elevadas com saúde, uma vez que essas deduções podem reduzir consideravelmente o valor final do imposto. A escolha entre um modelo ou outro depende da análise detalhada de cada caso.
Veja também:
- Crédito Empréstimo 99pay: opção é segura? Tire suas dúvidas
- Quer investir em Bitcoin? Aprenda os principais métodos para começar agora
- Títulos públicos: descubra como investir e fazer seu dinheiro render de forma segura
1. Reúna comprovantes de despesas dedutíveis
A organização de todos os comprovantes de despesas dedutíveis é essencial para reduzir o valor do Imposto de Renda. Gastos com saúde, educação, pensão alimentícia e previdência privada do tipo PGBL podem ser abatidos da base de cálculo do imposto.
Além disso, despesas com dependentes, como pais, avós e filhos, também podem ser deduzidas, desde que esses parentes atendam aos critérios estabelecidos pela Receita Federal.
2. Avalie a inclusão do cônjuge como dependente
Incluir o cônjuge como dependente na declaração pode nem sempre ser a melhor opção, especialmente se ambos tiverem rendimentos. Isso pode elevar o valor do imposto devido.
Em muitos casos, é mais vantajoso que cada um faça sua própria declaração separadamente, principalmente se houver dependentes em comum.
Dessa forma, o planejamento fiscal pode ser mais eficiente, e o valor final do imposto a ser pago pode ser menor.
3. Cuidado ao incluir filhos que recebem pensão
Filhos que recebem pensão alimentícia não devem ser incluídos como dependentes na declaração de quem recebe o valor, já que esse montante é tributado como rendimento. Isso pode aumentar a base de cálculo do Imposto de Renda e, consequentemente, o valor a ser pago.
Para reduzir o impacto, o ideal é que a pessoa responsável pelo pagamento da pensão declare a despesa, enquanto quem recebe evita declarar o filho como dependente.
4. Aproveite a dedução de dependentes ascendentes
Se seus pais, avós ou bisavós possuem uma renda baixa, é possível incluí-los como dependentes na declaração, desde que não ultrapassem o limite de rendimentos estipulado pela Receita.
Com isso, além de abater despesas médicas e com planos de saúde, o contribuinte poderá obter uma dedução significativa no valor final do imposto a pagar.
5. Declare reformas em imóveis
Quem possui imóvel próprio e realizou reformas pode abater esses gastos na declaração do Imposto de Renda. Despesas com pintura, reparos e melhorias no imóvel, desde que comprovadas por meio de notas fiscais e recibos, podem ser incorporadas ao valor do bem.
Essa prática aumenta o custo de aquisição do imóvel, o que reduz o imposto a ser pago em uma futura venda, especialmente no caso do ganho de capital.
6. Corretagem e ITBI podem ser deduzidos
Ao adquirir um imóvel, as despesas com corretagem e o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) também podem ser deduzidos. Esses valores devem ser incluídos no cálculo do custo total de aquisição do bem, permitindo que, em uma eventual venda, o imposto sobre o ganho de capital seja reduzido.
Manter os comprovantes dessas despesas é crucial para garantir a dedução.
7. Abatimento de despesas com aluguel
Se você é proprietário de um imóvel alugado e paga despesas como condomínio e IPTU, pode abater esses valores na declaração do Imposto de Renda.
O abatimento é permitido desde que o valor das despesas não seja repassado ao inquilino. Dessa forma, você pode reduzir o valor do aluguel declarado como rendimento tributável, diminuindo o imposto a pagar.
8. Divida a renda de aluguel entre cônjuges
Para casais que possuem imóveis alugados, uma estratégia eficaz é dividir a renda entre ambos na hora de declarar. Se o valor do aluguel mensal ficar abaixo do limite de isenção, é possível evitar a tributação sobre esse rendimento.
Ao dividir a renda de aluguel entre os cônjuges, ambos podem ficar dentro da faixa de isenção, garantindo uma economia no Imposto de Renda.
9. Despesas de educação de dependentes com deficiência
As despesas educacionais de dependentes com deficiência podem ser classificadas como gastos médicos no Imposto de Renda. Essa mudança é vantajosa porque, enquanto as despesas com educação possuem um limite de dedução, os gastos médicos não têm teto.
Para usufruir desse benefício, é necessário apresentar um laudo médico que comprove a deficiência do dependente.
10. Venda e recompre ações periodicamente
Investidores podem reduzir o impacto do Imposto de Renda sobre seus ganhos ao vender e recomprar ações periodicamente. Se as vendas mensais ficarem abaixo de R$ 20 mil, os ganhos de capital são isentos de imposto.
Dessa forma, o investidor pode atualizar o valor de aquisição das ações sem gerar um tributo imediato, planejando-se para uma futura venda com menos impacto fiscal.
11. Atualize o valor de imóveis herdados
Imóveis adquiridos antes de 1988 possuem uma regra que permite a redução do ganho de capital no Imposto de Renda.
Ao atualizar o valor do imóvel herdado na declaração de espólio, o contribuinte pode reduzir significativamente o imposto a ser pago em uma futura venda, aproveitando o benefício fiscal para imóveis antigos.
12. Divida o abatimento do INSS patronal
Quem possui empregados domésticos pode abater o valor pago ao INSS na declaração. No caso de mais de um empregado, uma boa estratégia é dividir esse abatimento com o cônjuge, o que permite que ambos deduzam o valor total das contribuições, aumentando a economia no Imposto de Renda.
13. Profissionais autônomos podem deduzir despesas
Profissionais autônomos têm direito a deduzir despesas relacionadas à sua atividade, como telefone, internet, luz e materiais de trabalho. Essas deduções são permitidas desde que o contribuinte mantenha um controle rigoroso dos gastos e os registre corretamente no livro-caixa.
Essa é uma forma eficiente de reduzir o valor do imposto devido.
14. Doações incentivadas podem ser abatidas
Doações a fundos de incentivo à cultura, esporte ou projetos sociais podem ser deduzidas do Imposto de Renda. Esses incentivos permitem que o contribuinte apoie causas sociais enquanto reduz o imposto devido. O limite para essas deduções é de até 6% do imposto apurado.
15. Previdência privada pode ser deduzida
Contribuições para planos de previdência privada do tipo PGBL permitem a dedução de até 12% da renda tributável. Essa é uma excelente forma de reduzir o valor do imposto, especialmente para quem já contribui para a previdência oficial.
Ao seguir essas dicas, é possível reduzir o valor do Imposto de Renda de forma legal, sem correr o risco de cair na malha fina. Lembre-se sempre de guardar os comprovantes das despesas e seguir as orientações da Receita Federal.