A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está se intensificando e afetando significativamente o atendimento ao público.
A paralisação, que já dura algumas semanas, vem causando uma queda drástica na produtividade dos serviços presenciais e remotos do INSS.
O Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência (SINSSP) anunciou que a greve deve se intensificar ainda mais nas próximas semanas, gerando preocupações sobre o impacto nos atendimentos e na concessão de benefícios previdenciários.
Confira a seguir as razões dessa greve, as previsões do sindicato e como acessar os serviços do INSS durante esse período é essencial para os beneficiários.
Por que a greve do INSS ainda está acontecendo?
A greve dos servidores do INSS continua devido à falta de acordo entre o sindicato e o governo sobre diversas reivindicações dos trabalhadores.
Entre as principais demandas dos servidores estão a exigência de nível superior para o cargo de técnico do seguro social, a atribuição exclusiva para os servidores da carreira do seguro social, e o enquadramento como carreira típica de estado.
Além disso, os servidores pedem a reestruturação da tabela remuneratória, com adicional de qualificação e abertura das mesas setoriais com prazo improrrogável.
O sindicato também defende novas regras para o teletrabalho, que se tornou uma prática comum durante a pandemia, e a implementação de um bônus de pontuação mais justo para os servidores.
A greve foi considerada legal pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou que 85% das unidades do INSS devem permanecer funcionando.
No entanto, a adesão à greve tem sido alta, com um terço das agências parcialmente ou totalmente fechadas e cerca de 40% dos servidores em teletrabalho aderindo à paralisação.
A queda na produtividade é notável. Dados do sindicato mostram que a produtividade no Monitoramento Operacional de Benefícios (MOB) e na manutenção dos serviços caiu para cerca de 20% em julho, comparado aos 88% em junho.
Essa redução impacta diretamente a capacidade do INSS de processar pedidos e manter o atendimento ao público.
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Sindicato do INSS avisa: greve vai piorar!
O SINSSP anunciou que a greve deve se intensificar até o início de agosto, o que pode agravar ainda mais a situação dos serviços oferecidos pelo INSS.
A entidade afirmou que, sem um acordo satisfatório com o governo, a paralisação continuará e possivelmente envolverá um número maior de servidores.
A decisão do STJ, que exige que 85% das unidades funcionem, ainda está sendo analisada pelo departamento jurídico do sindicato, mas a adesão à greve continua alta.
O sindicato lamentou a decisão do governo de judicializar a paralisação, o que tem gerado tensões adicionais entre os trabalhadores e a administração do INSS.
A realidade é que a queda na força de trabalho e o fechamento de agências têm dificultado o acesso aos serviços para muitos cidadãos.
Os servidores estão determinados a continuar a greve até que suas demandas sejam atendidas. Isso inclui não apenas melhorias nas condições de trabalho e remuneração, mas também a defesa do teletrabalho, que tem sido uma prática valorizada por muitos durante a pandemia.
A intensificação da greve pode levar a maiores atrasos na concessão de benefícios e no atendimento ao público, aumentando a frustração entre os beneficiários do INSS.
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Como usar os serviços do INSS enquanto isso?
Durante a greve, os beneficiários ainda podem acessar muitos serviços do INSS através de canais digitais e por telefone.
O INSS recomenda que os cidadãos utilizem o site ou o aplicativo Meu INSS para realizar solicitações de aposentadoria, pensão, salário-maternidade e benefícios por incapacidade.
Esses canais digitais permitem que muitos serviços sejam realizados sem a necessidade de comparecimento presencial, o que é especialmente útil durante a paralisação dos servidores.
Além do Meu INSS, a central telefônica 135 está disponível para que os segurados façam solicitações, tirem dúvidas e agendem atendimentos.
Para casos de afastamento do trabalho por incapacidade temporária de até 180 dias, os segurados podem utilizar a ferramenta Atestmed, que permite a análise documental dos atestados médicos, substituindo a perícia médica presencial. Isso facilita o processo e reduz a necessidade de comparecimento às agências do INSS.
É importante que os beneficiários fiquem atentos às comunicações do INSS e mantenham seus dados atualizados no sistema.
Aqueles que tiverem perícias ou outros atendimentos marcados devem confirmar a possibilidade de substituição por análise documental ou buscar orientações através dos canais digitais ou telefônicos.
A situação pode ser desafiadora, mas com a utilização dos recursos disponíveis, os beneficiários podem minimizar os impactos da greve e garantir que suas solicitações sejam processadas.
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