Nunca casei no papel, como comprovar união ESTÁVEL para receber pensão por morte do INSS?
A comprovação da união estável é uma etapa essencial para receber a pensão por morte.
A pensão por morte é um benefício previdenciário essencial para garantir a segurança financeira dos dependentes de um segurado falecido.
No contexto atual, muitas pessoas convivem em união estável, um tipo de relação reconhecida pela legislação brasileira como equivalente ao casamento.
A comprovação da união estável é fundamental para que o companheiro sobrevivente possa ter direito à pensão por morte.
Confira adiante as novas regras de pensão por morte em 2024, quem tem direito ao benefício e os documentos necessários para comprovar a união estável, além do valor do benefício e em que situações a viúva pode receber 100% da pensão.
Quais são as novas regras de pensão por morte?
Em 2024, as regras para concessão da pensão por morte foram atualizadas para garantir maior clareza e segurança jurídica aos dependentes.
A principal mudança envolve a comprovação da qualidade de dependente e a necessidade de documentação que ateste a união estável.
Além disso, a duração do benefício varia de acordo com a idade e a condição do dependente, estabelecendo prazos específicos para o recebimento.
O dependente precisa provar a união estável por meio de documentação robusta, que demonstre a convivência pública, contínua e duradoura com o falecido.
A lei também exige que o segurado tenha contribuído para a Previdência Social ou esteja dentro do período de graça, que é o tempo em que o segurado mantém a qualidade de segurado mesmo sem contribuir.
Toda documentação deve ser apresentada no momento do requerimento do benefício e pode incluir uma variedade de provas, como certidões de nascimento de filhos em comum, declaração de imposto de renda, entre outros.
Veja as regras do INSS para quem recebe benefícios: A empresa pode me demitir enquanto recebo o auxílio-doença? Quais as REGRAS do INSS para isso?
Quem vive em união estável tem direito de pensão por morte?
Sim, quem vive em união estável tem direito à pensão por morte, desde que consiga comprovar a relação e a dependência econômica do segurado falecido.
Basicamente, a união estável acontece quando as pessoas moram e têm uma família juntas (não necessariamente com filhos), mas não há formalização no papel, como é o caso do casamento.
Por isso é necessário comprová-la: para que o INSS saiba que realmente havia uma ligação de dependência entre o segurado e o parceiro.
Para ter direito ao benefício, o companheiro ou companheira deve apresentar documentos que comprovem a união estável e, consequentemente, dependência econômica.
A regra principal da documentação é demonstrar que a relação era pública, contínua e duradoura, com o objetivo de constituição de família.
Como comprovar união estável para fins de pensão por morte?
Para comprovar a união estável e ter direito à pensão por morte, é necessário apresentar ao menos dois dos seguintes documentos:
- Certidão de nascimento de filho em comum
- Certidão de casamento religioso
- Declaração de imposto de renda do segurado, em que conste o companheiro como dependente
- Disposições testamentárias
- Declaração especial feita perante tabelião
- Escritura pública declaratória de dependência econômica
- Prova de mesmo domicílio
- Prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil
- Procuração ou fiança reciprocamente outorgada
- Conta bancária conjunta
- Registro em associação de qualquer natureza onde conste o interessado como dependente do segurado
- Anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados
- Apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como beneficiária
- Ficha de tratamento em instituição de assistência médica da qual conste o segurado como responsável
- Escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome do dependente
- Declaração de não emancipação do dependente menor de 21 anos
- Outros documentos que possam levar à convicção da união estável
Saiba como ficam seus direitos se você ainda trabalha: Projeto deve ISENTAR recolhimento do FGTS e INSS para aposentados que ainda trabalham; entenda
Qual o valor do benefício?
O valor da pensão por morte é calculado com base em um percentual do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou do valor que teria direito se fosse aposentado por invalidez na data do óbito.
Em regra, o benefício corresponde a 50% do valor da aposentadoria, acrescido de 10% por dependente, até o limite de 100%.
Por exemplo, se o segurado deixou uma esposa e dois filhos, o valor da pensão será de 80% o salário dele em vida, já que há a garantia de 50% mais 10% da esposa e 20% de ambos os filhos.
Quando a viúva recebe 100% da pensão por morte?
A viúva ou viúvo pode receber 100% da pensão por morte em algumas situações específicas:
- Se houver apenas um dependente;
- Se o dependente for inválido ou tiver deficiência intelectual, mental ou grave;
- Se o óbito do segurado decorrer de acidente de trabalho ou doença profissional.
Em todas as circunstâncias, é necessário apresentar a documentação correta e comprovar a união estável para garantir o direito à pensão por morte.
Saiba como receber benefícios do governo: Novas MEDIDAS do CadÚnico que beneficiam os aposentados? Saiba tudo aqui!