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Selic em alta; veja a previsão do Banco Central para as taxas de juros

Especialistas afirmam que a Selic deve aumentar para reduzir os riscos de inflação. A taxa de juros pode tornar os empréstimos mais caros.

A taxa Selic é a principal referência de juros da economia brasileira. Definida pelo Banco Central, ela afeta diretamente operações financeiras como empréstimos e financiamentos. Além de controlar a inflação, a taxa influencia o consumo e o investimento.

Nas últimas semanas, especialistas previam uma taxa mais alta, para conter a inflação. No entanto, na última terça-feira (10), foram divulgados novos índices inflacionários, revelando que o Brasil registrou uma deflação. 

Ou seja, o preço dos itens diminuíram. Dessa forma, é possível que o Banco Central mantenha, ou até mesmo reduza, as taxas de juros. A próxima reunião para decidir acontecerá em alguns dias. 

Selic em alta; veja a previsão do Banco Central para as taxas de juros
Selic alta pode afetar custos de empréstimos – Foto: Jeane de Oliveira

Como a Selic afeta o mercado de crédito brasileiro?

A elevação da Selic impacta o custo do dinheiro. Com juros mais altos, as instituições financeiras aumentam as taxas cobradas em linhas de crédito, como empréstimos e financiamentos. Isso desestimula o consumo e controla a inflação.

Por que o Banco Central aumenta a Selic?

Quando o Banco Central eleva a taxa, o objetivo é frear o consumo, encarecendo o crédito. Com menos consumo, os preços tendem a se estabilizar, controlando a inflação. Por outro lado, a redução da Selic aquece a economia, mas pode pressionar os preços.

Vale mencionar que a rentabilidade de investimentos em títulos de renda fixa, como o Tesouro Direto, também depende da Selic. Quanto mais alta a taxa, maior o retorno desses produtos. Além disso, títulos atrelados à Selic são considerados opções seguras para investidores.

Veja também: Liberada a consulta de CPFs com dinheiro para resgatar no Banco Central

Agosto registra inflação negativa; como isso afeta o bolso dos brasileiros?

A inflação de agosto registrou uma taxa negativa de -0,02%, marcando a primeira queda desde junho de 2023. Esse resultado representa uma redução de 0,40 ponto percentual em relação a julho. O índice ficou abaixo da previsão do mercado, que era de +0,01%.

Como pode ficar a Selic?

Com a inflação abaixo do esperado, a expectativa de aumento da Selic foi reduzida. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central definirá a nova taxa nos dias 17 e 18 de setembro. Atualmente, a taxa está fixada em 10,50% ao ano.

No  entanto, no mercado de Opções do Copom da Bolsa Brasileira (B3), 75% dos investidores esperam um aumento de 0,25 ponto percentual da taxa. Outros 14% preveem um aumento de 0,50 ponto percentual, enquanto 10% acreditam na manutenção da taxa atual.

Segundo especialistas, a divulgação da inflação pelo IBGE e o cenário internacional favorável, como possíveis cortes de juros nos EUA, influenciam a expectativa de manutenção da Selic. A surpresa com a inflação pode reforçar a possibilidade de manter a taxa.

Empréstimos podem ficar mais baratos?

Entre 2023 e 2024, o país experimentou diversos cortes na taxa de juros da economia, o que afetou o crédito. O consignado do INSS, por exemplo, teve uma redução na taxa de juros para 1,66% ao mês. 

No entanto, ainda é cedo para responder a pergunta. Mesmo que houve uma deflação em agosto, ainda existe a expectativa de aumento da taxa de juros, o que pode encarecer os empréstimos e outros créditos oferecidos pelos bancos. 

Veja também: Juros do consignado podem SUBIR em setembro; não deixe o empréstimo para depois

Arthur Kodjaian

Jornalista, graduado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, redator há mais de quatro anos. Sou apaixonado por escrita e já atuei em diversos segmentos.

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